Vida fora da Terra: em 2025, tivemos um frio na barriga!

k2-18a-terra

Físicos, astrônomos e astrobiólogos viveram em 2025 momentos de grande emoção: sinais intrigantes de vida fora da Terra apareceram em um exoplaneta a 124 anos-luz, em Marte e na lua Encélado, de Saturno. 

Embora ainda não haja qualquer tipo de confirmação, cada descoberta trouxe novas esperanças, misturando ciência, mistério e expectativa sobre a ideia de que talvez não estejamos sozinhos no Universo.

Detectar vida alienígena seria um dos marcos mais extraordinários da história. Estudos indicam que, apenas na Via Láctea, podem existir centenas de milhões de planetas com condições semelhantes às da Terra, o que reforça a chance de que a vida possa existir em mundos além do nosso.

Esperança pode estar em atmosfera de exoplaneta

A descoberta em outro planeta da assinatura química de pelo menos uma entre duas moléculas associadas à vida – dimetilsulfeto (DMS) e dimetil dissulfeto (DMDS) – reacendeu o debate sobre vida extraterrestre em abril. O achado se deu a partir de observações feitas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, na atmosfera de K2-18b, um exoplaneta classificado como superterra, com 2,6 vezes o tamanho da Terra.

O planeta K2-18b é coberto por um oceano e tem cerca de 2,6 vezes o tamanho da Terra, sendo classificado como um superterra. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

As medições indicaram níveis dessa molécula que despertaram grande interesse entre os especialistas, sugerindo a possibilidade de processos biológicos, já que aqui no nosso planeta essas moléculas só existem em organismos vivos. 

Esse caso gerou grande expectativa. No entanto, os próprios autores foram cautelosos ao divulgar os resultados. Eles destacaram que a presença da molécula não é uma prova definitiva de que há vida por lá. Saiba mais aqui.

Será que temos vizinhos em Marte ou em lua de Saturno?

Em Marte, o rover Perseverance coletou uma amostra chamada Cânion Safira, retirada da formação rochosa Cheyava Falls, na cratera Jezero, seu local de pouso. Compostos orgânicos e minerais presentes nesse material lembram processos biológicos antigos, semelhantes aos que na Terra indicam a presença de micróbios. Mais uma vez, cientistas reforçam que não se trata de prova de vida, mas os padrões encontrados representam sinais concretos de ambientes potencialmente habitáveis no passado do planeta.

Rocha intrigante analisada pelo rover Perseverance em Marte pode conter indícios de vida antiga. Crédito: NASA/JPL-Caltech/ASU/MSSS

Outra pista “quente” que surgiu em 2025 veio de Encélado, uma lua gelada de Saturno. Estudos indicaram que os jatos de vapor de água liberados de seu oceano subterrâneo contêm compostos orgânicos complexos. Esses sinais químicos indicam que a lua possui condições químicas e energéticas que poderiam sustentar vida microbiana, ampliando os locais de interesse para futuras missões espaciais.

Representação artística da lua Encélado, de Saturno, o principal alvo da busca por vida extraterrestre no Sistema Solar. Crédito: Naeblys – Shutterstock

Como a IA vem revolucionando a busca por vida fora da Terra

O ano também trouxe avanços importantes na análise de sinais de vida, impulsionados pelo uso de Inteligência Artificial (IA) e espectroscopia. Essas tecnologias permitem processar enormes volumes de dados cósmicos e identificar padrões sutis e moléculas complexas que poderiam passar despercebidos. 

Algoritmos de aprendizado de máquina ajudam a separar sinais promissores de ruído, tanto em atmosferas de exoplanetas quanto em corpos celestes do Sistema Solar, como Marte e a lua Encélado. Com isso, os cientistas conseguem focar em indícios que realmente podem indicar processos biológicos, acelerando a compreensão sobre os ambientes estudados e aumentando a precisão na detecção de potenciais biossinais.

Leia mais:

  • Estudo cria mapa com corredor cósmico onde podemos buscar vida alienígena inteligente
  • Vida em planeta alienígena? James Webb traz respostas sobre TRAPPIST-1e
  • Água não é obrigatória para existência de vida em outros planetas, diz estudo

Além disso, a IA está sendo aplicada em missões espaciais e análises laboratoriais para classificar espectros e imagens complexas, diferenciando materiais de origem biológica daqueles formados por processos abióticos. Essa combinação de tecnologia de ponta e análise avançada marca uma nova era na busca por vida extraterrestre, aproximando a ciência do momento em que sinais promissores possam ser interpretados com confiança, oferecendo novas esperanças de descobrir vida além da Terra.

Embora nenhuma dessas descobertas confirme vida alienígena, elas abriram caminho para novas perguntas. O que foi observado em Marte, K2‑18 b e Encélado sugere que a vida pode surgir em diferentes tipos de ambientes, desde rochas antigas até oceanos subterrâneos e atmosferas de exoplanetas. E cada sinal aumenta a expectativa e evidencia a importância de continuar explorando o cosmos em busca de respostas.

O post Vida fora da Terra: em 2025, tivemos um frio na barriga! apareceu primeiro em Olhar Digital.



Fonte ==> Olhar Digital

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *