O autismo é considerado uma doença?

Imagem ilustrativa de mãos de uma criança organizando peças de quebra cabeça multicoloridas sobre uma superfície cheia de peças soltas, representando a diversidade do espectro autista

Entenda por que o autismo não é doença, mas um transtorno do neurodesenvolvimento com múltiplas origens biológicas e classificação em 3 níveis

Mãos infantis manipulam peças coloridas de quebra cabeça, criando uma metáfora visual para o espectro autista e sua diversidade de formas de pensar (Imagem: QINQIE99 / Shutterstock.com)

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Afinal, o que é o autismo?

Classificação: doença, transtorno ou síndrome?

Imagem mostra criança pequena olhando para cima enquanto usa fones de ouvido grandes em um ambiente doméstico iluminado para representar uma das estratégias usadas por quem tem autismo, que não é doença e sim um transtorno psicológico
O uso de fones de ouvido por uma criança em um ambiente fechado é um exemplo de estratégias sensoriais frequentemente adotadas por indivíduos no espectro autista (Imagem: Alireza Atari / Unsplash)
  • Doença: alteração biológica que se manifesta por sintomas e causa enfermidade ou moléstia, geralmente com potencial para cura ou remissão.
  • Síndrome: conjunto de sinais e sintomas simultâneos, com causas ainda não completamente definidas.
  • Transtorno: condição de ordem psicológica e/ou mental que gera comprometimento na vida normal de uma pessoa, mas não necessariamente uma patologia a ser eliminada.

Como o autismo se desenvolve no cérebro

Silhueta de uma cabeça em papel amassado com o símbolo do infinito colorido na área do cérebro, sugerindo a ideia de que o autismo não é doença nem transtorno psicológico, mas uma forma diferente de neurodesenvolvimento.
Ilustração de um cérebro estilizado com o símbolo do infinito colorido, usada para representar o autismo como condição neurológica distinta e não como doença ou transtorno psicológico (Imagem: Black Salmon / Shutterstock.com)

Diferenças entre cérebros autistas e não autistas

Imagem mostra visual comparativo de dois cérebros humanos, lado a lado, mostrando padrões de conectividade neural e microestrutura diferentes de forma neutra e informativa
Conectividade e microestrutura, diferenças típicas entre cérebros autistas e não autistas, ilustração conceitual baseada em literatura científica, sem inferir valor ou desempenho (Imagem: Renata Mendes via IA / Olhar Digital)
  • Hipersensibilidade sensorial: reações intensas a sons, luzes, texturas ou sabores que neurotípicos não perceberiam como desafiadores.
  • Padrões de pensamento concentrado: capacidade de hiperfoco profundo em tópicos de interesse, com absorção completa e perda de noção do tempo.
  • Dificuldades em comunicação social: interpretação literal de linguagem, desafios em contato visual e em compreender expressões faciais ou contexto social implícito.
  • Pensamento visual-espacial forte: muitos autistas pensam em imagens e padrões, em vez de palavras lineares.

Os níveis (ou graus) de autismo

Infográfico educacional em tons de azul mostrando os três níveis de autismo no espectro. Painel 1:
Os três níveis de autismo refletem diferentes demandas de suporte. Desde necessidades mínimas de assistência em comunicação social até apoio muito substancial em múltiplas áreas da vida, cada nível reconhece a individualidade de cada pessoa autista (Imagem: Renata Mendes via GPT Image / Olhar Digital)
  1. Nível 1 (Leve): necessidade de suporte mínimo. Dificuldade em iniciar interações sociais, inflexibilidade comportamental, mas capacidade de realizar muitas atividades independentemente.
  2. Nível 2 (Moderado): necessidade de suporte substancial. Déficits graves em comunicação verbal e não verbal, dificuldades aparentes mesmo com apoio, limitação em iniciar interações.
  3. Nível 3 (Severo): necessidade de suporte muito substancial. Déficits graves causam prejuízos funcionais significativos, extrema dificuldade em comunicação e mudanças de atividade.

Características principais

Mulher sentada em um sofá cinza observa uma criança sentada no tapete brincando com blocos de madeira em uma sala decorada com tons neutros e elementos infantis, representando uma cena de acompanhamento e compreensão no contexto do autismo
Observar a criança enquanto ela brinca é um momento de interação e atenção às necessidades de comunicação no autismo (Imagem: New Africa / Shutterstock.com)
  • Comunicação social: incluindo dificuldade em comunicação não verbal, dificuldade em ajustar comportamento para contextos sociais diferentes, redução de interesse em compartilhar emoções ou experiências com outros.
  • Comportamentos restritos e repetitivos: movimentos estereotipados (abanar as mãos, girar e andar na ponta dos pés), insistência em rotinas ou padrões ritualizados de comportamento verbal ou não verbal, interesses restritos e intensos, reatividade aumentada ou reduzida a estímulos sensoriais.

Sintomas observáveis

Criança de costas com as mãos cobrindo os ouvidos, usando camiseta colorida com listras, olhando pela janela
Sensibilidade sensorial é comum no autismo. A imagem ilustra um momento de possível sobrecarga auditiva, quando sinais externos se tornam excessivos e a necessidade de proteção sensorial se manifesta (Imagem: Mimzy / Pixabay)
  • Atraso na fala ou uso repetitivo e ecolálico da linguagem;
  • Falta de contato visual ou resposta ao próprio nome;
  • Dificuldade em brincar imaginativamente ou de forma cooperativa;
  • Apego excessivo a rotinas, com reações intensas a mudanças;
  • Padrões de movimento repetitivos;
  • Reações extremas a estímulos sensoriais.

Diagnóstico

Imagem mostra mãos de médica sentada à mesa segurando peças coloridas de quebra cabeça com a palavra autism visível, representando a avaliação clínica usada para identificar sinais de autismo
O diagnóstico de autismo envolve uma avaliação cuidadosa que considera comportamentos, desenvolvimento e necessidades individuais para garantir o apoio adequado (Imagem: H_Ko / Shutterstock.com)
  • Terapia comportamental (ABA): análise do comportamento aplicada, focada em desenvolver habilidades sociais e comunicativas.
  • Fonoaudiologia: para apoiar desenvolvimento de linguagem e comunicação.
  • Terapia ocupacional: para lidar com questões sensoriais e desenvolvimento de habilidades de vida diária.
  • Apoio educacional especializado: estratégias e recursos na escola para facilitar aprendizado.
  • Medicação (quando necessária): para gerenciar comorbidades como ansiedade, depressão ou TDAH, não para “curar” o autismo.

Autismo tem cura?

Adultos podem ter autismo?


Renata Mendes Gonçalves

Colaboração para o Olhar Digital

Layse Ventura

Editor(a) SEO




Fonte ==> Olhar Digital

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