Motorola lança Razr e Edge 60 como foco no público premium – 24/04/2025 – Tec

A imagem mostra quatro dispositivos móveis dispostos em uma superfície branca. Os dispositivos são de diferentes cores: verde escuro, vermelho, rosa e marrom. Cada dispositivo tem um design compacto e elegante, com o logotipo

A Motorola lança nesta quinta-feira (24) novos modelos das linhas de smartphones premium Edge e Razr, de dobráveis, como parte de uma mudança na estratégia da marca em direção a produtos de maior valor agregado.

Os modelos Edge 60 Pro, Razr 60 e Razr 60 Ultra, ainda sem preços anunciados, começam a ser vendidos no Brasil em 15 de maio, enquanto o Edge 60 começa a ser comercializado nesta quinta por R$ 3.499.

Os dobráveis receberam melhorias na durabilidade, tela, bateria e desempenho, com a memória RAM subindo de 12 GB para 16 GB. A linha no formato tradicional tem capacidade da bateria maior e um novo chip no lugar do Snapdragon da geração anterior, o MediaTek Dimensity 8350. Ambos modelos são compatíveis com a Moto AI e acompanhados por carregadores Turbo.

O lançamento ocorre enquanto a Motorola corre atrás de uma meta para dobrar a presença global em três anos. Segundo Rodrigo Vidigal, presidente da empresa no Brasil, a fabricante de celulares passou de oitavo para quinto lugar no mundo em um ano e meio, e o objetivo é subir mais duas posições.

No Brasil, terceiro maior mercado para a marca e quarto maior do mundo, atrás de China, Índia e Estados Unidos, a fatia de mercado saiu de cerca de 10% há dez anos para 30% hoje. Por aqui, a marca é conhecida principalmente por modelos de entrada e intermediários da linha Moto G.

“O principal desafio é mais do que manter essa fortaleza no segmento intermediário como a G, mas crescer a família premium, que gera o desejo, gera atração e aspiração da marca”, disse Vidigal.

A Lenovo, empresa chinesa dona da Motorola desde 2014, teve no trimestre encerrado em dezembro um crescimento de 21% nas receitas com smartphones, além de um ganho de mercado em várias regiões. A taxa foi maior do que para o segmento de PCs, de 10%.

Os resultados também falam em uma expansão do segmento premium por meio das linhas Razr, Edge e do desenvolvimento de inteligência artificial.

De acordo com Vidigal, o segmento premium está numa crescente no país e hoje representa mais de 20% da receita da Motorola.

“É um segmento muito crucial para a rentabilidade da nossa operação. É estratégico e temos visto uma resposta muito positiva do consumidor brasileiro, que estava precisando de uma alternativa adicional ao que estava disponível no mercado”, disse.

Para conversar com o público premium, a marca aposta, além de especificações técnicas mais robustas, no design. Uma parceria exclusiva com a Pantone garantiu à empresa modelos de cores que se tornaram tendência, como ocorreu no ano passado com a versão Mocha Mousse do Razr 50. A Motorola também se associou à Fórmula 1 e à Copa do Mundo de 2026 e de 2027.

O presidente da Motorola Brasil afirma que modelos dobráveis deixaram de ser mera curiosidade e têm sido cada vez mais preferidos por consumidores.

“O cliente que compra e utiliza um dobrável não volta para o formato tradicional, e essa base só vem aumentando. É um telefone muito mais confortável de carregar, muito menor, muito mais agradável de ter no bolso, ocupa muito menos espaço”, disse.

Potência e design refinado vêm com um custo. O modelo Razr 60 Ultra, o mais avançado da nova linha, terá seu preço divulgado em evento realizado em 14 de maio, mas o 50 Ultra do ano passado teve um valor inicial de R$ 8.000, próximo de um iPhone 16, e hoje é vendido por cerca de R$ 4.500.

“Esse é o desafio, de você comparar e ver o que um iPhone, símbolo de status, te entrega, e o que uma marca nova nesse segmento pode entregar por um preço até inferior”, disse Vidigal.

Os modelos da Motorola são fabricados no Brasil, em fábrica da empresa localizada em Jaguariúna (SP). A empresa também tem uma equipe de engenheiros no país dedicada ao desenvolvimento e teste de tecnologias que costumam ser exportadas.

As novidades no segmento premium da Motorola também ocorrem em meio a uma forte presença de marcas chinesas no país.

No início do mês, a marca Vivo, uma das mais relevantes do mercado interno chinês, chegou ao Brasil como Jovi e anunciou produção em Manaus. Nesta quarta (23), a Realme anunciou em evento que também passará a fabricar smartphones no país. A Xiaomi e a Honor continuam apostando na importação.

“Vemos com muitos bons olhos porque a concorrência é fundamental, e é uma concorrência leal, justa, e não a concorrência do contrabando, como vimos até agora, com marcas no mercado cinza que trazem produtos sem pagar impostos”, disse o presidente da Motorola.

“São marcas que produzem da mesma forma, que têm os mesmos custos, que pagam os mesmos impostos. Isso é o que a gente mais quer, porque estamos preparados para competir”.



Fonte ==> Folha SP – TEC

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