O truque térmico que destrói a lógica antiga e turbina o desempenho

Edição - Istoé TECH

Esqueça aquela imagem antiga do entusiasta de hardware aumentando a voltagem até o computador quase derreter para ganhar alguns frames. A lógica do desempenho mudou radicalmente e a eficiência se tornou a chave para a velocidade.

As peças modernas, tanto processadores quanto placas de vídeo, funcionam com algoritmos de boost térmico muito agressivos, o que significa que o maior inimigo do seu FPS hoje não é a falta de energia, mas sim o excesso de calor que faz o sistema frear a potência.

A lógica invertida do hardware moderno

Uma pesquisa acadêmica analisou o impacto do undervolting em processadores e concluiu que reduzir a tensão diminui significativamente a geração de calor e o consumo de energia sem reduzir o desempenho.
No estudo, um Intel Core i5-6600 sob carga sintética manteve a mesma frequência de operação após undervolt, mas com ~27 W a menos de consumo e temperaturas mais baixas. Com menos calor gerado, o processador é menos suscetível a thermal throttling, o que pode contribuir para manter clocks altos por mais tempo.

As peças modernas, tanto processadores quanto placas de vídeo, funcionam com algoritmos de boost térmico muito agressivos – (Imagem gerada por inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)

Como ela esquenta menos, o algoritmo de “boost” entende que tem margem para manter frequências máximas por muito mais tempo, resultando em um overclock automático e sustentado.

Para visualizar melhor essa mudança de paradigma, compare como a abordagem tradicional perde feio para a técnica moderna de ajuste fino:

Overclock vs Undervolt

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Overclock Clássico
(Força Bruta)

Temperatura: Aumenta drasticamente
Frequência: Picos altos, mas instáveis
Consumo: Sobe muito
Ruído: Ventoinhas no máximo (barulho)

Undervolt
(Eficiência)

Temperatura: Cai significativamente
Frequência: Alta e constante (sem quedas)
Consumo: Reduz, economizando energia
Ruído: Operação silenciosa

Vantagens que você sente fora do jogo

Além de ver o contador de FPS mais estável, existe uma qualidade de vida que o undervolt traz e que poucos influenciadores comentam. Quem joga em quartos pequenos ou mora em regiões quentes do Brasil sabe que um PC gamer pode transformar o ambiente em uma sauna. Reduzir o consumo da placa de 300W para 220W, mantendo o mesmo desempenho, significa menos calor sendo dissipado no seu quarto.

Outros benefícios diretos incluem:

Durabilidade do equipamento: Menos calor e tensão significam menor degradação dos componentes eletrônicos a longo prazo.
Silêncio absoluto: Com temperaturas mais baixas, as ventoinhas não precisam girar a 100%, tornando a jogatina muito mais silenciosa.
Economia na conta de luz: Pode parecer pouco, mas reduzir 50W ou 80W de consumo em sessões longas faz diferença no final do mês.

Overclock é coisa do passado o negócio agora é undervolt — As peças modernas, tanto processadores quanto placas de vídeo, funcionam com algoritmos de boost térmico muito agressivos *(Imagem gerada por inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)*

Vale a pena perder tempo configurando?

Muitos usuários têm medo de mexer nessas configurações achando que é um bicho de sete cabeças, mas os softwares atuais tornaram tudo muito visual e seguro. Ferramentas como o MSI Afterburner para placas de vídeo ou o Curve Optimizer para processadores Ryzen democratizaram o processo. Basicamente, você está buscando o ponto ideal onde seu chip trabalha com a menor voltagem possível sem travar.

O risco é praticamente nulo comparado ao overclock antigo, já que você está tirando energia, e não adicionando. O pior cenário é o PC reiniciar e voltar para o padrão. Dedicar uma tarde de domingo para afinar seu hardware é, sem dúvida, o melhor upgrade gratuito que você pode fazer em 2025. Você ganha desempenho, silêncio e longevidade sem gastar um centavo a mais por isso.

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Fonte ==> Olhar Digital