TGA 2025: Por que cada indicado merece disputar o prêmio de Inovação em Acessibilidade

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A discussão sobre acessibilidade nos games nunca esteve tão madura e o The Game Awards 2025 reflete exatamente esse momento. A categoria de Inovação em Acessibilidade reúne títulos que não apenas adicionam opções isoladas, mas que repensam a forma de criar jogos, tratando inclusão como parte central do design. 

Cada indicado deste ano se destaca por abordar barreiras diferentes, ouvir suas comunidades e implementar soluções que ampliam o alcance da experiência para jogadores com necessidades diversas. A seguir, analisamos por que cada um desses nomes merece disputar o prêmio.

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Nossos vídeos em destaque

 

Atomfall

  • Evolução contínua e acessibilidade como processo vivo

Atomfall se destaca por tratar acessibilidade como algo em constante expansão. O jogo já chegou com uma base sólida de recursos essenciais controles remapeáveis, navegação assistida robusta, escalas de texto e legendas de até 200%, HUD adaptável e ferramentas de redução de carga cognitiva.
 

Após o lançamento, o estúdio ampliou ainda mais esse pacote com o sistema de fast travel Rapid Travel Network, modos de segurança para fobias, melhorias de haptics, novos tamanhos de texto e o recurso location save, que cria automaticamente um ponto de retorno para evitar frustração.
Essas atualizações, todas guiadas pelo feedback da comunidade, reforçam o compromisso de tratar acessibilidade como um processo contínuo. Ainda falta suporte total para jogadores cegos, mas o projeto integra acessibilidade ao design central e continua evoluindo.

South of Midnight

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  • Acessibilidade por design e customização profunda da experiência

South of Midnight apresenta um dos ecossistemas de acessibilidade mais completos do ano. O jogo abre com menu narrado ajustável em velocidade, pitch e volume, permitindo navegação independente para jogadores cegos ou com baixa visão.

O modo de dificuldade Custom permite configurar praticamente tudo — de dano a comportamento de inimigos, chegando até a tornar Hazel e Crouton invencíveis e a pular combates e chefes com um único botão.

O sistema de navegação combina o Guiding Strand, que pode ficar ativo permanentemente, com o Áudio Beacon, que permite atravessar cenários apenas pelo som. O pacote inclui ainda controles remapeáveis, assistências de câmera, lock-on inteligente, HUD modular e um sistema avançado de cores com perfis para oito tipos de daltonismo.

As legendas são altamente configuráveis, embora ainda faltem legendas para músicas. Mesmo com essa limitação, trata-se de um caso sólido de acessibilidade construída desde o design.

Assassin’s Creed Shadows

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  • A maior evolução de acessibilidade na história da franquia.

Assassin’s Creed Shadows reúne o conjunto mais robusto de acessibilidade já visto na série: legendas customizáveis, leitor de tela, audiodescrição, HUD ajustável, assistência de mira e navegação facilitada.

O destaque fica para a atualização que permite ao cavalo seguir automaticamente até os objetivos marcados, recurso essencial em um mapa extenso e muito útil para jogadores com mobilidade reduzida ou dificuldade de orientação espacial.

Ainda há desafios — como a ausência de tradução em português para recursos de áudio e a falta de um modo de alto contraste — mas Shadows marca uma evolução clara dentro da Ubisoft.

EA Sports FC 26

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  • Um salto histórico para o futebol acessível.

EA Sports FC 26 introduz o primeiro modo de alto contraste totalmente personalizável da história da série, funcional até em modos competitivos. É possível ajustar as cores de jogadores, goleiros, árbitros, bola e até a saturação do campo para elevar a distinção visual.

O jogo também oferece ferramentas para reduzir carga visual, além de legendas grandes e configuráveis. Os skill moves simplificados transformam comandos complexos em um único gesto, facilitando a vida de jogadores com mobilidade reduzida.

Pela primeira vez, recursos de acessibilidade são apresentados já na inicialização, garantindo que ninguém perca ferramentas essenciais. É um passo importante da EA em direção a um futebol realmente inclusivo.

DOOM: The Dark Ages

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  • Um novo padrão para shooters de ação rápida.

DOOM: The Dark Ages entrega o pacote de acessibilidade mais completo da franquia. A filosofia de combate “stand and fight” reduz o ritmo intenso da série e diminui a exigência física. Armas como a Shield Saw e o targeting aprimorado facilitam combates com menos dependência de precisão extrema.

O jogo permite ajustar praticamente tudo: velocidade geral, agressividade inimiga, dano recebido, timing de parry, velocidade de projéteis e eficácia de itens de cura.

O modo de alto contraste é amplamente configurável, com cores independentes para inimigos, perigos e pickups, acompanhado de filtros avançados para daltonismo e um magnifier útil. No áudio, indicadores visuais substituem direções sonoras, e as legendas cobrem desde diálogos até ruídos ambientais. O resultado é um dos shooters mais inclusivos já lançados.

A categoria de Inovação em Acessibilidade no TGA 2025 reflete um momento importante da indústria: não se trata mais apenas de adicionar opções, mas de repensar o design para incluir mais pessoas desde o início. Cada jogo nesta lista contribui para esse avanço à sua maneira seja com sistemas profundamente configuráveis, com evoluções contínuas pós-lançamento ou com soluções inovadoras dentro de gêneros tradicionalmente pouco acessíveis.

Independentemente de quem levar o prêmio, o impacto coletivo desses títulos já estabelece um novo patamar para o mercado e aponta para um futuro em que acessibilidade deixa de ser diferencial e se torna padrão.



Fonte ==> TecMundo

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