Entenda o que é a barreira hematoencefálica, como ela protege o cérebro de doenças como Alzheimer, sua função e sinais de comprometimento
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O que é a barreira hematoencefálica e para que ela serve?

O que é e como é formada?
- Astrócitos: estas células nervosas em forma de estrela envolvem os capilares com seus prolongamentos, formando uma segunda camada de proteção e ajudando a regular o fluxo sanguíneo e a função da barreira.
- Pericitos: células localizadas na parede externa dos capilares que são essenciais para o desenvolvimento, manutenção e reparo da barreira.
Para que serve e como protege o cérebro?

- Impedindo a passagem de substâncias nocivas: a BHE bloqueia ativamente a entrada de toxinas, patógenos (como bactérias e vírus), hormônios do estresse e a maioria dos medicamentos. Esta é a sua função de “porteiro” restritiva.
- Permitindo a passagem seletiva de nutrientes: simultaneamente, a barreira é dotada de “portões” e “transportadores” especializados que permitem a entrada controlada de nutrientes vitais, como glicose, aminoácidos e oxigênio, que são indispensáveis para a produção de energia e o funcionamento dos neurônios.
De quais doenças a barreira hematoencefálica protege o cérebro?
- Infecções: meningite e encefalite são exemplos de doenças em que patógenos conseguem, por vezes, ultrapassar a BHE, causando inflamação no cérebro ou nas meninges. Uma barreira íntegra é a primeira defesa contra essas invasões.
- Doenças neurodegenerativas: evidências científicas sugerem que um comprometimento da BHE pode estar envolvido no desenvolvimento ou na progressão de doenças como o Alzheimer e o Parkinson. Uma barreira “vazada” pode permitir a entrada de toxinas ou a acumulação anormal de proteínas, como a beta-amiloide, no tecido cerebral.
- Esclerose múltipla: esta é uma doença que apresenta uma dupla natureza. O estágio inicial é predominantemente autoimune, no qual as células de defesa do organismo conseguem atravessar a barreira e atacar a bainha de mielina que recobre os neurônios. No entanto, com a progressão da doença, ocorre a degeneração dos axônios (a parte do neurônio que conduz o impulso nervoso), caracterizando a fase neurodegenerativa. A falha da BHE em conter o ataque imunológico é, portanto, um passo crucial que desencadeia todo o processo. Para entender mais sobre todo esse processo, consulte o site da National Library of Medicine.
- Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC): durante um AVC, a falta de oxigênio leva ao comprometimento da barreira, resultando em edema cerebral (inchaço) e agravando os danos neurológicos. Saiba mais aqui.
É possível fortalecer a barreira hematoencefálica?

- Controle da pressão arterial: a hipertensão crônica pode danificar os vasos sanguíneos, incluindo os do cérebro, enfraquecendo a barreira.
- Alimentação saudável e exercício físico: uma dieta rica em antioxidantes e a prática regular de exercício promovem a saúde vascular geral, o que beneficia a integridade da BHE.
- Sono de qualidade: o sono é fundamental para a “limpeza” do cérebro, um processo que envolve a barreira hematoencefálica e a remoção de toxinas acumuladas durante o dia.
- Evitar o álcool e drogas: o consumo excessivo de álcool e o uso de substâncias ilícitas podem comprometer a função da barreira.
Sinais de que a barreira hematoencefálica foi comprometida

Fonte ==> Olhar Digital